Para o iniciado, a
mandala dos Cinco Budas Dhyani é ao mesmo tempo um diagrama
cósmico do mundo e de si mesmo. É um instrumento para o crescimento
espiritual e a experiência mística - um mapa para a iluminação viva,
com possibilidades divinas.
Os Cinco Budas Dhyani: Guias para a Transformação Espiritual
Os Cinco Budas Dhyani são: Vairochana, Akshobya, Ratnasambhava,
Amitabha e Amoghasiddhi. Os budistas tibetanos acreditam que o
Adi-Buda, o ser primordial e o mais elevado, criou os Budas Dhyani
pelos seus poderes meditativos.
Os Cinco Budas Dhyani são Budas celestiais, visualizados durante
meditações. A palavra Dhyani é derivada do Sânscrito Dhyana,
significando "meditação".
Os Budas Dhyani são também chamados Jinas ( "Vitoriosos" ou
"Conquistadores") e são considerados grandes curadores da mente e da
alma. Não são figuras históricas, como Gautama Buda, mas seres
transcendentes que simbolizam os princípios ou forças universais
divinas.
Eles representam vários aspectos da consciência iluminada e são
guias para a transformação espiritual.
Cada Buda Dhyani é associado a certos atributos e símbolos. Cada um
incorpora uma das cinco sabedorias, antídotos dos cinco venenos
mortais que são de extremo perigo para o progresso espiritual do
homem e o mantém preso à existência terrena.
Os budistas ensinam que os Budas Dhyani são capazes de transmutar os
cinco venenos em suas sabedorias transcendentes. O Livro Tibetano
dos Mortos recomenda que o devoto medite nos Budas Dhyani de modo
que suas sabedorias substituam as forças negativas que ele permitiu
se desenvolver internamente.
Cada Buda governa uma das direções espaciais ou um dos reinos
cósmicos: éter, água, terra, fogo e ar. Os Budas Dhyani também
personificam os cinco skandhas, componentes que integram a
existência cósmica e também a personalidade humana.
Esses componentes são: consciência, forma, sentimento, percepção e
volição (vontade).
Adicionalmente, cada Buda Dhyani é associado a uma cor específica, a
um mudra (gesto de mão), a um animal simbólico que sustenta seu
trono, a um símbolo sagrado e a um bija (sílaba semente).
O bija representa a essência do Buda Dhyani. Pode ser usado junto
com a sílaba sagrada OM e com o nome do Buda para criar mantra, uma
série de sílabas místicas que tem um significado esotérico.
No Hinduísmo e no Budismo, os discípulos recitam mantras para evocar
o poder e a presença do ser divino. Em algumas tradições, os devotos
usam mantras na meditação, para ajudá-los a ser Um com a deidade que
estão invocando.
"Repetindo o mantra e assumindo o mudra de um dos Budas", escreve um
monge budista e professor Sangharakshita, "não apenas se pode
colocar em correspondência ou alinhamento com essa ordem particular
de realidade que ele personifica, como também, ser infundido com seu
poder transcendental.."1
Mandalas: Mapas para a União Mística
Os budistas freqüentemente retratam os Budas Dhyani numa mandala.
Mandala é uma palavra sânscrita que significa "círculo", traduzido
em textos tibetanos como "centro" ou "o que cerca".
Alguns dizem que a palavra deriva de manda, significando "essência".
A mandala, um círculo, denota a totalidade, a completude e a
perfeição da budicidade. A mandala é também um "círculo de amigos" -
uma reunião de Budas.
Tradicionalmente, mandalas eram pintadas em thangkas (pintura em
pergaminho de seda), desenhadas com areia colorida, representadas
por pilhas de arroz ou construídas tridimensionalmente,
freqüentemente com metal fundido.
Um Buda Dhyani é posicionado no centro, bem como em cada ponto
cardeal da mandala. Mandalas eram originalmente compostas no chão em
frente do meditador e, portanto, orientadas em direção à pessoa que
as está contemplando.
O ponto mais próximo do contemplador, na base da mandala, é o Leste.
A mandala continua em sentido horário, seguindo o curso do Sol, com
o Sul à esquerda do contemplador, Oeste no topo e o Norte à direita.
Lama Anagarika Govinda, um dos intérpretes pioneiros do Budismo
Tibetano para o Ocidente, explica: "Da mesma forma que o Sol se
ergue do Leste e, portanto, começa o dia, o praticante entra na
mandala através da porta oriental, a porta em frente à qual está
sentado."2
A mandala é um espaço sagrado e consagrado, onde nenhum obstáculo,
impureza ou influência dispersiva existe. Os budistas usam mandalas
para ajudá-los na meditação e visualização. "Todas as mandalas",
escreveu o tibetólogo Detlef Lauf, "originaram-se das
sílabas-sementes ou bijas-mantras das deidades. Durante a meditação
sobre esses mantras, uma radiância elemental de luz se desenvolve,
de onde sai a imagem dos Budas"3 .
Mandalas são ricas em simbolismo. As séries de círculos na periferia
da mandala simbolizam proteção contra influências externas. O
círculo mais externo das chamas significa o conhecimento que destrói
a ignorância ou simboliza o mundo dos fenômenos que o devoto
abandona, assim que ele entra na mandala.
As chamas podem também representar a Montanha de Fogo que proíbe o
não-iniciado de receber os mistérios. O anel das pétalas do lótus
dentro do círculo de fogo significa o mundo espiritual, o
renascimento espiritual, o desabrochar da visão espiritual ou a
pureza do coração que é necessária para a efetiva meditação.
A parte central da mandala (representada pelo quadrado dentro do
círculo) simboliza o palácio ou o templo, com quatro portões nos
quatro pontos cardeais. Fora das paredes do palácio, há símbolos
propícios e vitoriosos. Nessa mandala, cada portão é orlado por um
estandarte de vitória e um precioso pára-sol (ou guarda-chuva).
Há dois dos oito Símbolos Auspiciosos que comemoram os dons que
Gautama Buda recebeu, após ter alcançado a iluminação.
Os budistas acreditam que esses oito símbolos trazem boa fortuna. O
estandarte de vitória simboliza a vitória da espiritualidade ou a
vitória do corpo, mente e fala sobre todos os obstáculos. O pára-sol
simboliza a dignidade real e a proteção contra os obstáculos,
prejuízos e o mal.
Os quatro portões do palácio conduzem para o círculo mais interno, o
foco da mandala. "Mandalas aparecem como círculos ao redor do centro
sagrado", escreve os autores Blanche Olschak e Geshe Thupten Wangyal.
"Essas representações são a planta das residências celestiais do
visionário, em cujo centro está manifestado o poder sagrado que deve
ser invocado. Toda a mandala é uma fortaleza construída ao redor
dessa força búdica"4. Em sua meditação, o discípulo concentra o foco
no centro da mandala até que, finalmente, possa integrar-se com o
poderoso núcleo.
O discípulo usa a mandala para encontrar seus elementos dentro de si
mesmo. "Assim que ele entra na mandala, "escreve o historiador
religioso Mircea Eliade, "encontra-se num espaço sagrado, fora do
tempo; os deuses já desceram dentro das insígnias. Uma série de
meditações, para as quais o discípulo tem sido preparado,
antecipadamente, ajuda-o a encontrar os deuses em seu próprio
coração.
Numa visão, enxerga-os todos emergindo e saltando de seu coração,
preenchendo o espaço cósmico para, então, serem reabsorvidos...
Entrando mentalmente na mandala, o yogin aproxima-se de seu próprio
'centro'. O yogin, começando com este suporte iconográfico, pode
encontrar a mandala em seu próprio corpo".5
Portanto, com todos esse simbolismos, a mandala não é mera imagem
externa do poder celestial. Os Budistas acreditam que uma mandala é
um receptáculo do poder sagrado que ele retrata. O propósito de cada
uma das imagens simbólicas é ajudar o meditador a realizar o poder
divino dentro de si e a alcançar sua própria perfeição interna.
"Toda a parte externa da mandala é um modelo desse padrão espiritual
que o meditador vê em seu interior e que ele deve empenhar-se em
experimentar em sua própria consciência", diz Lauf. " Os Budas [Dhyani]
são vistos como seres cujas atividades se manifestarão por si só,
através do próprio homem.
A mandala, portanto, torna-se um plano cósmico no qual o homem e o
mundo são ordenados e estruturados similarmente. Os Budas da
meditação apenas desenvolvem suas atividades benéficas, na medida em
que o iniciado é bem sucedido em reconhecer e realizar essas
características e forças simbolizadas, dentro de si."6
Conforme o renomado orientalista Giuseppe Tucci explica: "Os cinco
Budas não permanecem em formas divinas remotas em céus distantes,
mas descem entre nós. Eu sou o Cosmos e os Budas estão em mim. Em
mim, está a luz cósmica, a misteriosa presença, mesmo que ela esteja
obscurecida pelo erro. Mas esses cinco Budas Dhyani, entretanto,
estão em mim, eles são os cinco constituintes da Personalidade
humana."7
O Dalai Lama ensina: "Mandala, em geral, significa aquilo que extrai
a essência... O principal significado [ da mandala] é para se entrar
no interior da mandala e extrair a essência, no sentido de receber
bênçãos. É um lugar para obtenção da magnificência."8
Para o discípulo que sabe como usá-la, a mandala é, portanto, um
mapa dos passos progressivos da autotransformação e da união
mística. Representa o crescimento da semente da budicidade dentro de
si. "O meditador", diz Lama Govinda, "deve imaginar-se no centro da
mandala como a personificação da figura divina da perfeita
budicidade". E essa budicidade, diz ele: "somente pode ser
encontrada na realização de todas aquelas qualidades que ,
conquistadas no total , formam a riqueza da mandala".9
A Arte Sagrada do Tibet: Trazendo o Céu para a Terra
Essa litografia é baseada nas tradicionais mandalas budistas
tibetanas. As imagens dos Cinco Budas Dhyani são fotografias dos
refinados entalhes de estátuas tibetanas e nepalesas, esculpidas
entre os séculos XIII e os primórdios do XV, quando as
representações desses Budas eram populares. Pelo fato de serem seres
celestiais e não-históricos, os Budas Dhyani são mais freqüentemente
representados com jóias e uma coroa que em simples mantos de um
Buda.
Para o tibetano, criar um trabalho de arte é um ato religioso. Nesse
estágio, o artista, um monge ou lama oferece certas preces e
rituais. Ele freqüentemente coloca pergaminhos de textos religiosos,
oferendas votivas e grãos dentro das estátuas. Quando o trabalho é
completado, o monge ou lama realiza a cerimônia de consagração.
Os tibetanos usam a arte como um método de trazer o céu para a terra
e elevar o homem além das fronteiras terrestres, para o reino da paz
e da harmonia. Eles acreditam que a estátua de um Buda, por exemplo,
é a presença viva daquele Buda, que se torna um com o seu ícone.
Como em outras obras de arte tibetana, as figuras descritas aqui
exprimem elegância e também poder. Essa é a singular característica,
charme e missão da arte sagrada tibetana. O real se une ao
transcendente. Graça e pureza são fundidos com vitalidade e poder.
Detalhe cuidadoso e precisão se unem com espontaneidade. O resultado
é que, por esse instrumento, o outro mundo e a perfeição dos reinos
iluminados se aproximam, inspirando o observador a realizar o seu
próprio potencial divino.

VAIROCHANA
Imagem de Vairochana - Tibet Ocidental, Século XIV - Museu
Vitória e Alberto, Londres, Inglaterra.
Essa estátua, como outras esculturas tibetanas dos séculos XIII ao
início do século XV, mostra sofisticação nos detalhes e na aplicação
de incrustação e de inserção de jóias.
O nome Vairochana
significa "Aquele que é Como o Sol" ou "O Radiante".
Vairochana representa tanto a integração como a origem dos Budas
Dhyani. Sua sabedoria é a Sabedoria do Dharmadhatu. O Dharmadhatu é
o Reino da Verdade, onde todas as coisas existem como realmente são.
A sabedoria de Vairochana é também referida como a Sabedoria
Todo-Penetrante do Dharmakaya. O Dharmakaya é o Corpo da Lei, ou a
natureza búdica absoluta.
A sabedoria transcendente de Vairochana revela o reino da mais
elevada realidade e domina o veneno da ignorância ou da desilusão.
Sua sabedoria é considerada a origem ou o total de todas as
sabedorias dos Budas Dhyani.
Vairochana é, usualmente, localizado no centro da mandala dos Budas
Dhyani. De acordo com alguns textos, ele se posiciona a Leste. Sua
cor é branca (ou azul), simbolizando a consciência pura. Ele governa
sobre o elemento éter e incorpora o skandha da consciência. Em
alguns sistemas, é associado com o skandha da forma.
Seu símbolo é dharmachakra, a Roda do Ensinamento ou a Roda da Lei.
Denota o ensinamento do Buda. Seus oito raios representam as Oito
Nobres Sendas que Gautama revelou em seu primeiro sermão, após a
iluminação. Esse símbolo é impresso em toda a margem da litografia.
O trono de lótus de Vairochana é sustentado por um leão, símbolo da
coragem, ousadia e um espírito zeloso, impetuoso e avançado.
O mudra de Vairochana é o mudra do dharmachakra, o gesto de girar a
Roda do Ensinamento. Por ele personificar a sabedoria de todos os
Budas.
O bija de Vairochana é o som universal Om.
Seu mantra é: Om Vairochana Om.

AKSHOBHYA - Estatueta do Buddha Museum
O nome Akshobya
significa "Imutável" ou "Inabalável".
A Sabedoria que reflete todas
as coisas, calmamente e sem crítica, como num espelho, revelando a
verdadeira natureza. Um texto diz: "Exatamente como se vê o próprio
reflexo no espelho, assim o Dharmakaya é visto no Espelho da
Sabedoria." A Sabedoria Semelhante ao Espelho é o antídoto dos
venenos do ódio e da raiva.
Na mandala dos Cinco Budas Dhyani, Akshobya é usualmente posicionado
a Leste (que é na base) mas, às vezes, é colocado no centro. Sua cor
é azul. Ele governa sobre o elemento água e personifica o skandha da
forma. Em alguns sistemas, ele é associado com o skandha da
consciência. O trono de lótus de Akshobya é sustentado por um
elefante, símbolo de firmeza e força.
Seu símbolo é o vajra, também chamado de raio com trovão ou cetro de
diamante, representado nesta mandala, acima de sua cabeça,
diretamente abaixo de Vairochana.
O vajra denota iluminação, a indestrutível, adamantina natureza da
pura consciência, ou a essência da Realidade. Em algumas tradições,
o vajra significa a união do homem com o Buda; uma extremidade do
vajra simboliza o reino macrocósmico do Buda e a outra extremidade o
reino microcósmico do homem.
O mudra de Akshobya mostrado aqui, e produzido pela sua mão direita
, é o bhumisparsha mudra, o gesto de tocar o chão. Denota o estado
inabalável. Esse é o mudra que Gautama usou para chamar a Terra,
quando desafiado pelo Mal, Mara, para que testemunhasse o seu
direito de atingir a iluminação.
O paraíso de Akshobya é Abhirati, a Terra de Extraordinário Grande
Deleite. Os budistas acreditam que qualquer um que lá renasça, não
cai a um nível inferior de consciência.
O bija de Akshobya é Hum e o seu mantra é: OM AKSHOBYA HUM

Ratnasambhava - Estatueta do Buddha Museum
O nome Ratnasambhava
significa "A Jóia Nascida Una" ou "Origem das Jóias".
As Três Jóias são o Buda, o Dharma e a Sangha.
O Buda é o Iluminado, o Guru, o centro da roda da Lei. O Dharma é o
Ensinamento, ou a Lei. A Sangha é a Comunidade.
Ratnasambhava transmuta o veneno do orgulho (espiritual, intelectual
e humano) em Sabedoria da Equanimidade. Os Budistas tibetanos
ensinam que, com a Sabedoria da Equanimidade, todas as coisas são
vistas com imparcialidade divina, reconhecendo-se a igualdade divina
em todos os seres e vendo-se todos os seres e o Buda como tendo a
mesma natureza -a condição de que precisamos, diz Tucci, "para
estimular a nossa ascensão espiritual e para adquirir confiança para
realizar, em nós, o estado de Buda."11
Ratnasambhava é o Buda Dhyani do Sul. Sua cor é amarela, a cor do
Sol em seu zênite. Ratnasambhava governa sobre o elemento terra e
corporifica o skandha do sentimento ou da sensação.
Às vezes, ele é mostrado segurando seu símbolo, o ratna (jóia) ou
chintamani (jóia da realização de desejos, que concede todos os
desejos). O chintamani é um símbolo da mente libertada. O ratna é
freqüentemente representado numa forma trina como o triratna,
significando a união do Buda, Dharma e Sangha. Na mandala, o
triratna é posicionada entre Ratnasambhava e Vairochana.
O animal que sustenta o trono de Ratnasambhava é o cavalo, denotando
ímpeto e libertação. O mudra de Ratnasambhava, formado aqui pela sua
mão direita, é o varada mudra. É um gesto de dar, ou de caridade,
que o retrata oferecendo compaixão e proteção a seus discípulos.
Seu bija é Tram e seu mantra é: Om Ratnasambhava Tram.

Amitabha - Estatueta do Site Dharma Sculpture
O nome Amitabha
significa "Luz Infinita".
A Sabedoria Discriminativa de Amitabha conquista o veneno das
paixões -todos os desejos intensos, a avareza, a cobiça e a luxúria.
Com esta sabedoria, o discípulo percebe todos os seres
separadamente; todavia, sabe que cada ser é uma expressão individual
do Um.
Na mandala dos Budas Dhyani, Amitabha é posicionado a Oeste. Sua cor
é rosa (ruby), a cor do pôr-do-sol. Ele governa sobre o elemento
fogo e personifica o skandha da percepção. Portanto, o olho e a
faculdade de ver são associados a Amitabha. O pavão, com "olhos" nas
plumas, em seu trono-sustentador. O pavão simboliza a graça.
O símbolo de Amitabha é o padma, ou lótus, colocado entre ele e
Vairochana, nessa mandala. No Budismo, o lótus pode simbolizar
muitas coisas, incluindo o desenvolvimento espiritual, pureza, a
verdadeira natureza dos seres realizada através da iluminação e a
compaixão, a forma purificada de paixão.
Devotos aspiram renascer no Paraíso Oeste de Amitabha, conhecido
como Sukhavati, onde as condições são ideais para se atingir a
iluminação. Seu mudra é o mudra dhyana (meditação).
Alguns consideram Amitabha sinônimo de Amitayus, o Buda da Vida
Infinita. Outros honram Amitayus como uma forma de Amitabha ou um
Buda em separado. Amitayus é, usualmente, retratado segurando um
vaso do elixir da vida imortal.
Seu bija é Hrih e seu mantra é: Om Amitabha Hrih.

Amoghasiddhi - Estatueta do Site Dharma Sculpture
O nome Amoghasiddhi
significa "Conquistador Todo-Poderoso" ou "Aquele que Infalivelmente
Alcança Sua Meta".
A Sabedoria Oni-realizante, ou a Sabedoria da
Ação Perfeita, antídoto dos venenos da inveja e do ciúme. Essa
sabedoria confere perseverança, julgamento infalível e ação sem
falha.
Amoghasiddhi representa a realização prática da sabedoria dos
outrosBudas Dhyani. Ele é descrito como o Buda Dhyani da realização
da Senda do Bodhisattva. Um Bodhisattva é aquele que renunciou à
felicidade do Nirvana com um voto de primeiro libertar todos os
seres.
Amoghasiddhi é o Buda Dhyani do Norte. Sua cor é verde, significando
o Sol à meia-noite. Governa o elemento ar e corporifica o skandha da
volição, também chamado o skandha dos fenômenos mentais ou
tendências da mente.
Seu símbolo é o vishvavajra, ou vajra duplo, representado entre
Amoghasiddhi e Vairochana nessa mandala. É feito com dois vajras
cruzados e simboliza a mais alta compreensão da verdade e o poder
espiritual de um Buddha.
O trono de Amoghasiddhi é sustentado por garudas. Um garuda é uma
figura mítica, metade homem e metade pássaro. Em relação a
Amoghasiddhi, Lama Govinda diz que o garuda simboliza "o homem em
transição rumo a novas dimensões de consciência... a transição do
humano para o estado super-humano, que toma lugar na misteriosa
escuridão da noite, invisível aos olhos.
O mudra de Amoghasiddhi, formado aqui pela sua mão direita, é o
abhaya mudra. É o gesto do destemor e da proteção.
O bija de
Amoghasiddhi é Ah e seu mantra é: Om Amoghasiddhi Ah.

Vajrasattva - Estatueta do Site
Dharma Sculpture
O BUDA VAJRASATTVA E OS
CINCO BUDAS DHYANI
Na invocação de julgamento divino, encontramos o nome do buda
Vajrasattva na sequencia do nome dos cindo Budas Dhyani: OM
Vairochana, Akshobhya, Ratnasambhava, Amithabha, Amoghasiddhi,
Vajrasattva OM....
Vajrasattva não é um dos cinco budas dos raios secretos. Vajrasattva
é a síntese dos cinco budas Dhyani; ele é o porta voz dos Dhyani
budas. Ele é a mente indestrutível que pode destruir o mal dentro e
fora de nós.
Seu nome significa: o ser de Diamante. A PALAVRA SAGRADA “VAJRA”
libera um tremendo poder; devemos pronunciá-la como a força de uma
espada afiada, capaz de cortar as trevas da ignorância e da maldade.
O Fogo Sagrado magnetizado por este fiat, dissolve o mal interno e
externo ao nosso ser. Faça experiências e observe resultados!
Repita comigo, mas observe a pronúncia cortante: Não é simplesmente
dizer: Vajra, Vajra, Vajra! Mas sim: VAJRA! VAJRA! VAJRA! Falar com
energia! Não é gritar, mas sim, falar com a força interior de nossos
chakras!
Podemos invocar os nomes dos Dhyani budas antes do preâmbulo de uma
sessão de decretos, antes de Astrea e Miguel.
Assim, repitam comigo: OM Vairochana, Akshobhya, Ratnasambhava,
Amithabha, Amoghasiddhi, Vajrasattva OM....
Com o tempo, você memoriza e acaba pronunciando muito rápido, assim:
OM Vairochana, Akshobhya, Ratnasambhava, Amithabha, Amoghasiddhi,
Vajrasattva OM....
Em seguida, faz-se o preâmbulo do decreto.
Invocar os mantras dos Dhyani budas é invocar a Chama Violeta, isto
é, os mantras magnetizam também a Chama Violeta. Os mantras trazem
os Dhyani budas para o plano astral, permitindo assim a purificação
deste plano.
Podemos também entoar somente as sílabas-sementes dos Dhyani budas,
para consumir os cinco venenos. A sílaba-semente é a essência do
buda.
Quando entoamos esta sílabas ou os mantras com devoção e amor,
estamos nos conectando aos cinco budas dos raios secretos; desta
forma, a luz da sabedoria que emana destes seres sagrados, inunda
nossa consciência e consome nossos venenos.
Entoemos juntos as sílabas-sementes: OM HUM TRAM HRIH AH HUM
Vamos agora invocar os mantras dos Dhyani budas, orem comigo:
Em nome da Poderosos Presença EU SOU e do meu Santo Cristo Pessoal,
eu invoco os cinco budas Dhyani em prol de todos os filhos e filhas
de Deus!
Vem Vairochana!
Vem Akshobhya!
Vem Ratnasambhava!
Vem Amithabha!
Vem Amoghasiddhi!
Vem Vajrasattva!
Amado Vairochana, com tua chama de sabedoria, liberta-me do veneno
da ignorância.
OM Vairochana OM (9x)
Amado Akshobhya, pelo poder do amor divino e do fogo sagrado consome
em mim o veneno da raiva, ódio e criação de ódio.
OM Akshobhya Hum! (9x)
Amado Ratnasambhava, pelo poder da tua chama de Igualdade,
liberta-me do veneno do orgulho espiritual, intelectual e humano!
OM Ratnasambhava TRAM! (9x)
Amado Amithabha, pelo poder da tua chama de discriminação liberta-me
do veneno das paixões, todos os desejos intensos, cobiça, avareza e
luxúria!
OM Amithabha HRIH! (9x)
Amado Amoghasiddhi, pelo poder da tua chama de ação perfeita,
liberta-me do veneno da inveja e ciúme.
OM Amoghasiddhi AH! (9x)
Amado Vajrasattva, pelo poder da vontade Diamantina de Deus,
liberta-me da não vontade, do não ser, do medo, dúvida e da
descrença em Deus!
OM Vajrasattva HUM! (9x)
O SIGNIFICADO
Vajrasattva é um Buda
cujo nome significa “ser de diamante” “aquele que têm uma mente
indestrutível” ou “Aquele cuja essência é como o relâmpago.”
HUM é seu bija, ou silaba “semente”. (União de todas as qualidades –
Vida em uma Forma)
OM VAJRASATTVA HUM
É uma invocação para uma mente iluminada e protegida.
A PRONÚNCIA - OM VAJRA-SATVA RUM
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Uma aula de Paulo R Simões baseada em uma palestra de Elizabeth
Clare Prophet
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Ditado de Vajrasattva dado a Mensageira Elizabeth
Clare Prophet na Pérola de Sabedoria Vol. 36 No. 40
O porta-voz para os cinco Dhyani Budas –1993
Como vocês sabem, os cinco venenos são:
(1) A Ignorância, cujo antídoto nos é dado por Vairochana, o Buda
que carrega a Sabedoria permeante do Dharmakaya.
(2) A raiva, o ódio e criação de ódio, cujo antídoto nos é dado por
Akshobhya, o Buda que carrega o refletor da Sabedoria.
(3) O orgulho humano, espiritual e intelectual, cujo antídoto nos é
dado por Ratnasambhava, o Buda que carrega a Sabedoria da Igualdade.
(4) As paixões, todos os desejos, a cobiça, a avareza e a luxúria,
cujo antídoto nos é dado por Amitabha, o Buda que carrega a
Sabedoria da Discriminação.
(5) A inveja e o ciúme, cujo antídoto nos é dado por Amoghasiddhi, o
Buda que carrega a Sabedoria da completa Realização, a Sabedoria da
Perfeita Ação.
E o sexto veneno é falta de vontade, o medo, a falta de capacidade
de ser e atuar, a dúvida e a falta de crença em Deus, o Grande Guru,
cujo antídoto nos é dado por Vajrasattva, o Buda que carrega a
Sabedoria do Diamante da Vontade de Deus.
Quando você chama todos os cinco de nós em um preâmbulo de qualquer
decreto, você assim invoca-nos e nossos poderes e antídotos dos
cinco venenos; e quando chama por Vajrasattva o sexto antídoto, nós
entraremos na formação da estrela de seis pontas.
Aplicaremos os antídotos como vocês aplicariam um desinfetante em
uma ferida aberta. Nós os aplicaremos em vocês, em suas almas, em
seus espíritos, em seus quatro corpos inferiores e em seus chakras.
Aplicaremos os antídotos a essas almas que estão no meio de Morte e
do Inferno porque são os escravos dos venenos. Por que estes venenos
infestaram a mente, o corpo dos desejos, o corpo físico até que
almas não podem mais enxergar, ou pensar, ou redirecionar suas
mentes e assim, somente a intercessão divina poderá ajudá-los a
consumir esses venenos pelo fogo sagrado dos Cinco Dhyani Buddhas.
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Tradução de Paulo R Simões