
QUANTAS VEZES DEVEMOS PERDOAR?
Um dos grandes entraves do desenvolvimento
espiritual é sem dúvida o perdão. Embora ele seja prescrito como um
agente milagroso de cura, praticamente por todas as religiões do mundo,
nem sempre é fácil conseguir alcançar a mestria neste teste. Como se diz
comumente, errar é humano, perdoar é divino.
Acontece que esquecemos com esta afirmação de que
somos também parte do divino, somos feitos à imagem e semelhança do
criador, Deus Pai-Mãe. Então, por herança divina, há dentro de nós algo
capaz de perdoar. Basta, então, encontrarmos em nossos corações a parte
da centelha divina capaz de perdoar.
Muitos rezam pela cura, pela prosperidade e por
tantas outras graças e não conseguem alcançá-las. Fazem decretos com
fervor, mas não obtém resultados. Então reclamam com os Mestres e com
Deus, mas não conseguem enxergar que o motivo pelo qual suas preces não
são atendidas pode ser a falta de perdão que está lá, entre a pessoa e
suas preces. É o entrave, o que impede o progresso e a libertação.
Há fatos tão grotescos, horrendos que pensamos que
não podemos perdoar. Vítimas de barbáries, por exemplo, como podem
perdoar seus algozes? Há coisas terríveis que juramos não ter perdão,
mas mesmo estas coisas devem ser perdoadas. Se assim nos ensina a Lei de
Deus é porque ao perdoarmos estamos nos libertando do sofrimento,
deixando nossas almas livres. Quem não perdoa fica preso ao fato para
sempre ou até o momento em que consegue perdoar. Imagine sofrer uma
injustiça. Já é duro vivenciar o fato, mas atrelar-se a ele é uma
escolha que fazemos, mesmo que inconsciente.
Mas como perdoar? Às vezes leva mesmo um tempo para
o perdão percorrer o caminho da cabeça ao coração, mas ele deve começar
em algum lugar, de alguma forma. O perdão pode começar com o seu
pensamento na sua própria libertação. No entanto, embora a primeira
motivação possa ser egoísta, quando o perdão acontece no coração ele
traz consigo o amor (perdão é amor). Então você deixa de pensar mal do
outro, de querer mal. Os sentimentos ruins são transmutados pela chama
do perdão, que realmente opera milagres e nos liberta do karma.
Lembremos que a ira pertence ao Senhor, ou seja, não
nos cabe julgar a ninguém, nem mesmo quem nos ofende. Muito menos cabe a
nós definir a pena cabível a cada ofensa. Nosso dever é perdoar.
O que dizem os Mestres Ascensos sobre isso?
Na
pérola de sabedoria nº 44, vol 17, o Mestre Djwal Kul nos fala que
devemos perdoar não apenas 7 vezes, mas 70 x 7. Perdoar 7 vezes é
perdoar pela chama do Cristo as perversões e os erros próprios e alheios
nos sete planos da consciência de Deus e em cada um dos sete chakras.
Mais do que isso há necessidade de se multiplicar a
chama do perdão pelo poder do 10, assim como pelo poder do 7. Sete vezes
sete foi o tempo de iluminação de Buda debaixo da árvore. São sete
corpos, sete raios, sete chakras. Prontos no teste dos sete, passamos
então para a multiplicação pelo poder dos 10. A Bíblia nos fala sobre os
10 talentos, as 10 virgens, os 10 leprosos. O teste dos 10 acontece no
plexo solar, chakras de 10 pétala s (5 de Alfa e 5 de Ômega). É preciso
render-se ao ego humano.
O Mestre nos explica que o corpo dos desejos contém
mais energia divina do que os outros 3 corpos inferiores. Quando este
corpo é ancorado ele libera suas energias através do plexo solar e do chakras da garganta. No entanto, o fator multiplicativo das dez pétala s
só é liberado para os chakras quando nos alinhamos com a vontade de
Deus.
A energia liberada ajuda a mestria dos outros seis
chakras. Vemos assim que só temos a ganhar com o perdão. Conhecendo a
lei podemos escolher como usar a energia divina e como iremos liberar as
energias nos sete chakras.
Peça ajuda aos anjos. Dedique-se de coração, mas
lembre que acima de tudo a capacidade de perdoar já está em você.
Eu Sou o Perdão aqui atuando!
Adriana Gaertner ogy