Eu não acreditei em
reencarnação quando ouvi sobre o assunto pela primeira
vez. Eu me perguntava como as pessoas podiam acreditar
nisso em uma época moderna, industrial e científica como
esta. Quanto mais lia a respeito do assunto, entretanto,
mais evidências encontrava.
Agora eu acredito na
reencarnação, porque as evidências e as razões para
isto, são muito grandes. Eu gostaria de compartilhar com
vocês, essas evidências e razões:
Em primeiro lugar, as
evidências religiosas.
Hoje em dia os Cristãos
não creem na reencarnação porque não está na Bíblia.
Eles não sabem, no entanto, que os primeiros Cristãos
acreditavam na reencarnação e que as referências à
reencarnação foram removidas da Bíblia. Conforme disse
São Jerônimo, “as transmigrações (reencarnações) das
almas foram ensinadas à muito tempo entre os primeiros
Cristãos, como uma doutrina esotérica e tradicional, a
qual era divulgada apenas para um pequeno número de
eleitos.”
Os eleitos incluíam
alguns dos primeiros Papas da Igreja.
São Gregório de Nyssa
acreditava que “é absolutamente necessário que a alma
seja curada e purificada; e que se isso não ocorresse
durante a vida na Terra, deveria ser realizada em vidas
futuras”. São Clemente de Alexandria também apoiava essa
crença; mas talvez, a pessoa mais associada com o
princípio da reencarnação, fosse o seu pupilo, Origen.
“A Enciclopédia Britânica
declara que Origen era o mais proeminente de todos os
Padres da Igreja, com a possível exceção de Agostinho,
enquanto São Jerônimo certa vez o considerou como “o
melhor professor da Igreja, depois dos apóstolos”.
São Gregório de Nyssa
denominou-o “o príncipe do conhecimento Cristão no
terceiro século”. De fato, o conhecimento de Origen
sobre as Escrituras era inigualável. Em seus escritos,
Origen comenta em todos os livros, praticamente cada
palavra das Escrituras. Antes de qualquer coisa, Origen
era um filósofo Cristão que sintetizou suas análises
bíblicas e foi o primeiro a criar um sistema de Doutrina
Cristã.
E o seu sistema, incluía
a doutrina da reencarnação. No seu livro “Sobre Os
Primeiros Princípios” “On First Principles”, podemos
encontrar a expressão de sua crença na reencarnação e na
lei do karma: "Cada alma vem a este mundo fortalecida
pelas vitórias ou enfraquecida pelas derrotas de sua
vida anterior ... Suas ações neste mundo determinam seu
lugar nesse mundo (na terra) o qual deve seguir a este .
. .”
Apesar de Origen ser
considerado um dos mais proeminentes de todos os padres
da Igreja, existiram aqueles, dentro da Igreja, que não
acreditavam na doutrina da reencarnação e que, após a
morte de Origen, veementemente atacaram suas doutrinas,
criando uma controvérsia, a qual não estava oficialmente
resolvida até o Quinto Conselho Ecumênico de
Constantinopla em 553 D.C., mais de um século e meio
depois.
O Conselho supostamente
decidiu contra Origen e declarou a doutrina da
pré-existência (e, por conseqüência, da reencarnação)
herege. Eu digo “supostamente” porque existem algumas
dúvidas se Origen foi realmente condenado. Historiadores
eclesiásticos de todos os séculos permanecem divididos
nessa questão nebulosa.
Romanos 9:11-13 fornece
outro bom exemplo da fé na pré-existência, e
provavelmente, reencarnação, na Bíblia. Ainda que
estivessem no útero materno, Deus disse; “Como está
escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.”. Desde que Deus
disse ter amado Jacó e detestado Esaú antes que tivessem
nascido e antes que pudessem ter feito alguma coisa boa
ou má nesta vida, isso claramente indica que eles têm
que ter existido antes, quando então, fizeram alguma
coisa boa ou má, para serem amados ou detestados por
Deus.
Em Revelações 3:12, Jesus
disse “Àquele que se superar, eu farei um pilar no
templo de meu Deus, e ele não mais sairá”. “Ele não mais
sairá” isto tem um ou dois significados para mim, mas
nenhum deles a Igreja aceitaria. Não precisar sair do
templo de Deus novamente, implica que, uma vez nós já
estivemos dentro dele – i.e. nós somos todos “Adões” e
“Evas” que caíram do Paraíso. Por outro lado, “não mais
sair” pode significar que não há mais necessidade de
reencarnar, de deixar o reino espiritual novamente para
re-incorporar na Terra.
Há outras passagens
Bíblicas que indicam a crença na pré-existência e
provavelmente reencarnação. A maioria das referências a
essas doutrinas foram provavelmente removidas da Bíblia.
O Imperador Justiniano pode ter sido o responsável por
essas remoções. Ele foi responsável pela excomunhão
dessas doutrinas. Alguns acreditam que o Imperador
Constantino retirou todas as referências da Bíblia no
Conselho de Nicéa, e que a única prova encontra-se sob
as cinzas biblioteca de Alexandria, que foi incendiada.
Outro motivo para a fé na
reencarnação são os anos “perdidos” de Jesus. Dezessete
anos, mais que a metade da vida de Jesus, estão
ineplicados. Onde estava Jesus entre as idades de 20 e
30 anos? Como podemos ter tanta informação sobre os 3
últimos anos da vida de Jesus e não termos nada sobre os
dezessete anos anteriores?
Se Jesus estivesse em sua
terra natal durante esses dezessete anos, certamente
alguém o teria visto ou ouvido alguma coisa e teria sido
registrado. Mas não há nada. Nada foi registrado porque
Jesus não estava lá.
Onde ele estava? Jesus
estava no Oriente! Conforme antigos Manuscritos
Tibetanos vistos por quatro importantes pessoas, Jesus
estava na Índia e nos Himalaias. Ele foi lá para se
preparar para sua missão na Palestina. Ele estudou com
sacerdotes brahmanes, que lhe ensinaram coisas as quais
ele usou naquela missão, tais como ensinar a palavra de
Deus, curar e expulsar espíritos malignos, etc.
Por que iria Jesus para o
Oriente preparar-se para sua missão a menos que ele
acreditasse em reencarnação e karma? pois essa era a
crença e o que ensinavam por lá! Nicolas Notovitch, um
jornalista russo, contou que existem sessenta e três
manuscritos no Vaticano sobre o assunto Jesus no
Oriente. Nicolas foi o primeiro a descobrir, em 1887, os
manuscritos que revelam que Jesus passou dezessete anos
na Índia e Himalaias.
Se você quiser aprender
mais sobre os dezessete inexplicados anos da vida de
Jesus, eu recomendo a leitura de “Os anos ocultos de
Jesus” por Elizabeth Clare Prophet, Summit University
Press, 1984.
Evidências religiosas da
reencarnação podem ser suficientes para os que são
religiosos, mas muitos não crêem na reencarnação ou em
qualquer outra coisa, a menos que existam evidências
científicas, provas.
Talvez a melhor tentativa
de provar cientificamente a realidade da reencarnação
tenha sido feita pelo Dr. Ian Stevenson. Dr Stevenson é
psiquiatra e educador, ex-presidente da Escola de
Medicina da Universidade da Virgínia. Os esforços do Dr.
Stevenson, para provar a verdade da reencarnação,
levaram-no a escrever “Vinte Casos de Reencarnação”.
Um caso envolvia um
menino de quatro anos de idade, do Irã, que conseguia
lembrar sua vida anterior. Após arguir o menino sobre
sua suposta vida passada, Dr Stevenson levou-o até o
povoado onde ele disse que tinha vivido em sua vida
anterior, para verificar se o relato do menino podia ou
não, ser verdadeiro.
A vila ficava a mais de
duzentas milhas de distancia e o garoto nunca estivera
lá, nem soubera de sua existência por qualquer pessoa. O
menino disse que havia sido casado durante aquela vida,
então o Dr Stevenson realizou um experimento, no qual
enfileirou as mulheres idosas da aldeia e perguntou ao
garoto com qual delas ele havia sido casado.
O pequeno menino
dirigiu-se até uma das idosas e a chamou por um apelido
carinhoso e secreto, conhecido apenas por aquela mulher
e seu falecido marido. O garoto também se dirigiu a um
homem, que havia sido seu tio na vida anterior, e
disse-lhe que havia emprestado dinheiro a ele e que ele
nunca pagara a dívida.
O homem confirmou que
isso era verdade e questionou-se de como o menino
poderia saber sobre isso. Muitas outras coisas,
relatadas pelo menino ao Dr Stevenson provaram-se
verídicas. Uma vez que o garoto não tinha meios de saber
sobre elas nessa vida, ele ter vivido lá, em uma vida
anterior, é a melhor explicação de como ele poderia
saber dessas coisas.
Outro caso envolve também
um garoto. Não é um dos casos do Dr Stevenson, mas
também sugere fortemente a reencarnação como a melhor
explicação para o fenômeno. Nesse caso, os pais de um
menino israelense de dois anos de idade, observaram que
seu filho começara a dizer palavras que eles não
entendiam.
Na tentativa de descobrir
qual idioma o menino estava falando, o pai levou-o a um
professor de idiomas na Universidade Israelense. O
professor disse que o garoto estava usando palavras que
eram usadas no tempo do Rei Davi há mais de 3.000 anos
atrás!
Desde que ninguém nessa
vida havia ensinado a ele essas palavras, como ele
poderia conhece-las, a menos que tivesse vivido no tempo
do Rei Davi, quando esse idioma era falado?
Sob hipnose, as pessoas
têm sido capazes de falar fluentemente idiomas
estrangeiros, sobre o qual nada sabem quando estão
conscientes. Como isso é possível? A explicação mais
provável, é que em uma vida passada, essas pessoas
viveram no país onde o idioma é falado. A hipnose pode
ser usada para obter evidências da reencarnação. Através
da regressão hipnótica (e através de outros meios que
sejam seguros) alguém pode ser levado a regressar no
tempo.
Se a reencarnação é
verdade, uma pessoa pode ser levada de volta para uma
vida passada. Se alguém que regressa, revela informações
sobre uma vida passada recente, que pode ser verificada
através de pesquisa, isto pode ser evidência para
reencarnação.
(Atenção - Elizabeth
Clare Prophet não aprova a utilização da regressão para
contato com as vidas passadas. Ela afirma que isto traz
à tona, o karma negativo da vida passada visitada em
regressão, quando ainda não estamos preparados para
trabalhar este karma.)
Muitas pessoas já tiveram
uma experiência de “deja vu”. Um lugar onde nunca
estiveram antes, é percebido como muito familiar. Para
alguns a experiência é tão forte que podem descrever em
detalhes um lugar antes mesmo de vê-lo. Reencarnação é a
explicação mais plausível para essas experiências.
Eles sabem como é um
lugar, que nunca haviam visto antes, porque realmente
estiveram lá antes, numa vida passada. O General Patton
acreditava em reencarnação. Ele disse que, quando estava
na Sicília durante a II Guerra Mundial, ele sabia como
era o terreno lá porque lembrava dele do tempo em que
fora um soldado romano.
Um extremo interesse em
um período histórico pode indicar reencarnação. Eu
conheço alguém que tem um interesse muito forte na
Revolução Americana. Muitos dos romances que lê são
romances históricos sobre esse período.
Ele construiu um rifle
como os usados na época e tem feito outras coisas que
mostram sua atração por esse período. Eu também conheço
outra pessoa que tem fascinação por, e um grande
conhecimento sobre a Guerra Civil.
Alguns têm um interesse
tão intenso pela Guerra Civil, que se unem à grupos, vão
onde as batalhas aconteceram, vestem-se com roupas da
época e re-encenam as batalhas.
Por quê algumas pessoas
têm um interesse tão intenso em certos períodos
históricos? Eu acredito que para alguns deles, é porque
já viveram durante esses períodos e o que vivenciaram,
teve um efeito tão poderoso sobre eles, que ainda hoje,
exerce influência sobre suas vidas.
Reencarnação pode
explicar melhor os interesses, os talentos vocacionais
de uma pessoa. Mozart, por exemplo, conseguia compor aos
cinco anos de idade. Acredito que ele conseguia fazer
isso porque tocara piano e compusera música durante
muitas vidas. Ele pode ter tido centenas de anos de
experiência.
Mozart não estava
compondo pela primeira vez aos 5 anos de idade. Alguns
poderiam dizer que sua genialidade era um dom de Deus.
Mas porque Deus faria de um homem um gênio e ninguém
mais? ou alguns poucos? Isto é justo?
Eu creio que um talento
para música, ou qualquer outro talento, é um dom dado
por Deus, mas também acredito que é necessário um longo
tempo, muitas vidas, para desenvolver este talento até o
nível da genialidade.
Qualquer que seja seu
interesse vocacional ou habilidade, seja como médico,
enfermeiro, carpinteiro, fazendeiro, soldado, músico,
professor, pregador, religioso, etc. – você
provavelmente desenvolveu este interesse e habilidade em
vidas passadas.
Minha vocação é
astrologia. De onde veio esse interesse e habilidade? O
senso comum diria que é resultado de influências
genéticas e ambientais. Mas ninguém que eu conhecesse me
influenciou – nenhum familiar, amigo ou professor –
porque ninguém que eu tenha conhecido tinha qualquer
conhecimento de, ou interesse por, astrologia ou de meus
outros grandes interesses, os Mestres Ascensos e seus
ensinamentos.
Eu acredito que a
reencarnação fornece a melhor explicação para a minha
habilidade na astrologia e no meu interesse pelos
Mestres Ascensos – ambos desenvolvidos em vidas
passadas.
Astrologia, por si só, é
um excelente argumento a favor da reencarnação. Um
astrólogo, por exemplo, pode dizer olhando um mapa de
nascimento, se a pessoa tem muito medo, raiva ou
qualquer outra característica negativa.
Deus não dá medo, raiva
ou qualquer outra característica negativa aos bebês,
ainda assim estão indicadas nos mapas construídos para o
momento do nascimento. De onde vêm essas
características? Elas vêm de vidas passadas.
Se um indivíduo teve
muito medo ou raiva numa vida passada, ele ou ela,
traria essa característica consigo para essa vida. A
razão para o mapa de nascimento de um bebê já indicar
uma personalidade única e caráter com certas forças e
fraquezas, é porque isto foi criado pelo indivíduo em
vidas passadas.
“O Amor à primeira vista”
pode ser explicado pela reencarnação. Por que algumas
pessoas têm essa experiência? Talvez porque, embora seja
"à primeira vista" nessa encarnação, não foi o primeiro
encontro.
Duas pessoas se
encontrando pela primeira vez na vida atual podem ter-se
conhecido e desenvolvido uma forte ligação emocional ao
longo de muitas vidas. Eles podem ter sido casados um
com o outro. Podem ser chamas gêmeas (almas gêmeas) que
se conhecem e se amam desde sua criação.
Quando se encontram pela
primeira vez na encarnação presente, podem ter um
sentimento profundo pelo outro, pois seu amor
desenvolveu-se ao longo de centenas, talvez milhares de
anos. Chamas gêmeas sugerem reencarnação. Se a
reencarnação não é uma realidade, e nós temos apenas uma
vida, porque não estão todos com suas chamas gêmeas,
suas outras metades?
Por que estaríamos com
outra pessoa qualquer? Milhões de pessoas não são
casadas e muito poucos daqueles que estão casados
amam-se da forma como as chamas gêmeas o fazem.
Estatísticas de divórcio não indicam relacionamentos
entre chamas gêmeas.
A reencarnação nos ajuda
a compreender porque existem problemas de relacionamento
e porque é extremamente importante resolver esses
problemas. Pessoas casadas, por exemplo, podem estar
tendo um matrimônio karmico.
Aqueles que têm um
relacionamento karmico, têm karma, um com o outro,
porque mal trataram um ao outro em uma vida passada.
Quando aquela vida terminou, eles ainda tinham problemas
em seu relacionamento e fortes sentimentos negativos,
ex: raiva, ódio, ressentimento, entre eles.
A morte não acaba com
seus problemas. A Lei Divina exige que eles se
encontrem, provavelmente em casamento, para então
resolver seus problemas e aprender a perdoar e amar
incondicionalmente um ao outro. Desafortunadamente, não
é isso que acontece com muitas pessoas.
Em vez de equilibrar seu
karma, um com o outro, e superar seus sentimentos
negativos para com o outro, muitos criam problemas ainda
piores. Muitos passam anos juntos aumentando seus
sentimentos negativos um pelo outro e criando cada vez
mais karma, karma que deverá ser resgatado em algum
momento no futuro.
Divórcio, embora às vezes
melhor, não é uma solução, nem uma fuga, porque a lei
divina exigirá que continuem se encontrando em vidas
futuras, até que não mais tenham qualquer pensamento ou
sentimento negativos contra o outro.
Se as pessoas soubessem
que isso é verdade, elas fariam tudo o que pudessem para
resolver seus problemas e eliminar todos os pensamentos
e sentimentos negativos, um pelo outro.
Acredito que existe
evidência suficiente para uma crença na reencarnação.
Mesmo que as evidências não fossem tão fortes como o
são, todavia, existe um outro bom motivo para
acreditarmos nisto, e isto é, porque este é o único
sistema que é perfeitamente justo, lógico e correto.
Deus é perfeito, então,
Sua justiça tem que ser perfeita. Ainda que muito do que
acontece com as pessoas não pareça justo e adequado. A
doutrina da reencarnação e do karma, é a única
explicação do porque é justo, quando não parece ser.
Considere, por exemplo,
as injustiças de nascimento. Se a reencarnação não for
verdade e nós tivéssemos apenas uma vida para viver,
então, a coisa mais justa a fazer, seria dar a todos, um
mesmo começo.
Se duas pessoas
estivessem disputando uma corrida, seria justo a uma
delas, ter de começar no ponto de partida e a outra, na
linha de chegada? Não, é claro que não, mas esta é
maneira que parece acontecer às vezes. Se existisse
apenas uma vida, então todos deveriam receber um começo
igual e por conseguinte, justo. E por exemplo, uma
criança que nasceu de pais terríveis, numa vizinhança
horrível e outra criança que nasce com pais maravilhosos
e num ambiente lindo!
Uma criança é severamente
mal tratada por seus pais, junta-se a uma gang no gueto
em que mora e tem uma morte violenta em idade ainda
jovem. A outra criança é amada, recebe excelente
educação e é espiritualmente orientada. Essa criança tem
uma vida longa, feliz e produtiva e experimenta um
enorme crescimento pessoal. As duas crianças receberam
chances iguais para ir ao paraíso, se elas tiverem
apenas uma vida para provar a si mesmas que são dignas?
Como alguém pode esperar
que a criança mal tratada chegue ao paraíso, se ela
nunca recebeu o que precisava para chegar até lá? Por
que uma criança foi extremamente mal tratada e a outra
grandemente amada? A doutrina da reencarnação pode
oferecer a resposta. Talvez a criança que foi
grandemente mal tratada tenha mal tratado seus próprios
filhos em uma vida anterior.
Nessa vida ele teve de
experimentar o inferno em que suas crianças passaram,
para que ele possa ver, como eles se sentiram quando ele
as maltratou. Reencarnação é o sistema mais
misericordioso porque dá à criança abusada outra chance,
outra vida para receber o amor, nutrição e a educação
que precisa e nunca recebeu. E dá ao ofensor a
oportunidade de aprender com seus erros e mudar sua
atitude.
Outra injustiça de
nascimento, a qual a reencarnação explica, é a saúde
física diferente. Por que uma criança nasce saudável e
forte e outra com uma limitação física? Se tivéssemos
somente uma vida, não seria justo para todos nascermos
com as mesmas condições de saúde?
Por que alguns têm de
viver uma vida inteira com alguma limitação física ou
mentalmente retardados?
Os discípulos de Jesus
perguntaram-lhe por que um homem nasceu cego,
acreditando que poderia ser por culpa do homem, que ele
deveria ter feito alguma coisa antes de nascer,
provavelmente em uma vida prévia, para merecer ter
nascido cego.
Reencarnação e karma
proveem uma resposta para a questão do porque existem
injustiças de saúde ao nascer. Alguns nascem com
incapacidades que causaram a outrem em uma vida
anterior. Tendo a mesma incapacidade, eles aprendem como
foi para a pessoa a quem causaram danos físicos, assim
não vão querer fazê-lo novamente.
Reencarnação e karma não
explicam apenas as injustiças de nascimento, mas também
explicam o porque das coisas ruins ocorrem durante a
vida de alguém, que não parecem merecidas.
As pessoas perguntam: por
que coisas ruins acontecem com pessoas boas? Existe um
livro cujo título é esta pergunta. A resposta a esta
questão é que “este é o seu karma”. Karma é a Lei de
Causa e Efeito. Nós colhemos o que semeamos (Gálatas
6:7). Nem sempre, entretanto, nós colhemos o que
plantamos, durante a mesma vida.
Aqueles que vivem pela
espada, nem sempre morrem pela espada na mesma vida em
que tiraram a vida de outrem. Quando nosso karma (tanto
positivo, quanto negativo) não retorna a nós durante a
vida em que foi criado, retornará em uma vida futura.
Esta é a razão pela qual
acontecem coisas ruins para pessoas boas. Quando alguma
coisa trágica acontece a pessoas que não parecem
merecer, como acidentes mutiladores ou morte, pode ser o
retorno do karma sobre eles.
Parece injusto somente
porque nós não vemos a causa karmica, o que eles
semearam, ou agiram errado, em uma vida passada. Karma
nunca tem a intenção de castigar, apenas de educar.
Sócrates disse, “O homem tem de sofrer para se tornar
sábio”. Karma significa que precisamos ter total
responsabilidade por qualquer coisa que nos aconteça.
Não podemos culpar aos outros ou a Deus.
Não podemos dizer que
nunca fizemos nada para merecer isto, que é injusto,
incorreto. A “Lei do Karma” mostra-nos que não há
injustiça em qualquer lugar do universo. Se alguma coisa
nos acontecer, que nos pareça imerecida e injusta, pode
ser que a causa seja o resultado de nossas ações em uma
vida passada.
Sabendo disso, não
devemos nos tornar críticos e supor que quando alguma
coisa de ruim acontece com alguém, que isto deva
significar que fizeram algo negativo numa vida passada,
ou sentirmo-nos culpados se algo de ruim nos acontecer.
Algumas vezes algumas
pessoas têm vidas mais difíceis que outras, não porque
são piores que as outras, mas porque escolheram
equilibrar mais karma do que as outras.
Eles podem querer
resgatar mais karma, equilibrando o karma de muitas
vidas, em uma única vida. Também pode ser que elas
sofram porque, como Jesus e alguns dos grandes santos,
escolheram ajudar a equilibrar o karma da humanidade (o
karma coletivo). Ou talvez as razões para estarem tendo
problemas difíceis, seja porque como aconteceu com Jó,
sua fé, paciência, perseverança e forças, estejam sendo
testadas.
A doutrina da
reencarnação e do karma faz mais sentido do que o
sistema de crença que temos hoje. Jesus disse (Mateus
5:48), “Sejam vocês então, perfeitos, assim como seu
Pai, que está no céu, é perfeito”. Se quisermos ir para
o céu para estar com nosso Pai, precisamos nos tornar
como nosso Pai, que é perfeito. Se tivermos somente uma
vida, o que acontece com o bebê ou qualquer um que morra
na juventude?
Eles não tiveram o tempo
que necessitavam para crescer, amadurecer e
auto-aperfeiçoarem-se. Além disso, aqueles que morrem
antes de se tornarem adultos, não envelheceram o
suficiente para tomar decisões adultas, e portanto, não
têm idade suficiente para serem responsáveis por seus
atos, que determinariam se iriam para o céu ou para o
inferno.
Mesmo aqueles que chegam
à maturidade, não têm tempo suficiente para se
aperfeiçoar. O ego humano nunca poderá ser perfeito.
Aperfeiçoar-se a si
mesmo, é finalmente tornar-se, em Sua Elevada Divina
Presença, que já é perfeita. Quantas pessoas você
conhece que são como Jesus e os santos, e que preenchem
os critérios de perfeição?
A vida é uma sala de
aula. Cada vida é como um ano, ou um grau na escola. Da
mesma forma que você não espera um aluno do jardim de
infância, de cinco anos de idade, aprendendo tudo que
precisa saber para graduar-se em um curso superior, e
obter um PHD, você não pode esperar que alguém aprenda
tudo o que precisa, em uma só vida.
As crenças na
pré-existência e reencarnação, já foram parte do
Cristianismo, e eu creio que deveriam ser novamente.
Existe evidência suficiente e há bons motivos para isso.
A Verdade eventualmente prevalecerá.
Se você ainda não
acredita em reencarnação, não se preocupe, pois você
terá uma nova chance em sua próxima encarnação!
Elizabeth Clare Prophet
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Leitura Recomendada:
Reencarnação, o Elo Perdido do Cristianismo.
por Elizabeth Clare Prophet e Patrícia R. Spadaro,