AS TREVAS SERÃO VENCIDAS PELA
LUZ
A hipocrisia, o egoísmo e o orgulho espiritual dos cegos que guiam os
cegos são desbaratados pela Bíblia da natureza, aos que nasceram em
liberdade e aos que deveriam nascer: Todos os dias muitas pessoas da
humanidade acordam de seu sono perdidos em incertezas. Suas preocupações
vão desde a igreja cristã, passando pela nação, filhos e membros da
sociedade.
Temem o que está para se abater sobre a Terra. A população do mundo
esteja aumentando muito depressa ou devagar demais... Perguntam-se por
que existe tanta violência sobre o corpo planetário?
Neste mundo maravilhoso que pode ser preenchido pela esperança da Mãe
Divina e pela despreocupada atitude dos santos inocentes, que muitos de
vós experimentastes na infância, por que a humanidade sofisticada não
consegue compreender o significado das experiências da vida?
Permiti-me esclarecer-vos que a luta humana é resultado do egoísmo da
humanidade, de sua incapacidade de apropriar-se da abundância divina e
de compreender o propósito universal. Avaliando a vida em sua menor
dimensão, ela não consegue captar a perspectiva do quadro completo, pois
já restringiu o potencial da existência dentro de seu próprio senso de
limitação.
Muito antes de haver um compêndio da Lei conhecido por vós como a Bíblia
Cristã, que combina as escrituras antigas dos profetas de Israel com os
escritos dos seguidores de Cristo que estabeleceram o Novo Testamento,
já existia no tempo de Enoque, antes do Dilúvio, alguns fragmentos do
que poderia ser chamado de Sagrada Escritura.
No entanto, a bíblia da natureza, o registro da Lei em engramas de luz,
já estava e está, sempre presente no interior dos átomos do próprio
planeta. Da mesma forma que o homem hoje não constrói nada sem um
projeto, igualmente o cosmos foi planejado a partir daquela perfeição
universal que era Deus no princípio e é para sempre.
Percebam, na medida em que a perfeição é sempre um atributo divino, como
tudo teria sido fácil se a humanidade tivesse escolhido caminhar dentro
dos limites da Grande Lei para perpetuar a perfeição em todo o mundo.
No entanto, na dispensação do livre-arbítrio que é mantida para a
humanidade encarnada hoje, existe uma punição devido à liberdade
inerente ao homem de criar de forma imperfeita e viver no erro. Entre os
erros que a humanidade perpetua estão os dogmas criados por inúmeros
indivíduos que são os cegos guiando cegos, para que toda a humanidade
possa cair na cova.
Agora está sendo apresentada aos Senhores do Karma a questão do que
deverá ser feito a respeito do homem moderno e de seus padrões de
comportamento, suas violações da lei cósmica e o tormento que inflige
sobre a natureza e seus irmãos.
Toda a vida foi atingida, e de maneira mortal, amados.
Enquanto o Conselho Karmico e as hostes celestiais tentaram protelar a
resposta karmica que há muito tempo já devia ter sido lançada sobre a
humanidade, insistentemente contiveram o ataque violento das energias
mal qualificadas do mundo na doce esperança de que as terríveis
iniquidades praticadas contra Deus e o homem pelo povo da Terra
cessariam, e a tendência a um mal cada vez maior seria refreada.
Os homens estão propensos a acreditar num salvador pessoal, alguém que
possa libertá-los dos seus pecados e de todas as circunstâncias que lhes
causam dor e sofrimento.
Existe também a tendência para o radicalismo, que produz o ódio humano
contra aqueles que, no campo da política quanto no da religião, não se
mostram tão radicais quanto os radicais imaginam que deveriam ser.
Existe ainda a hipocrisia humana e o orgulho espiritual, que se tornaram
um peso terrível a se balançar sobre o fio do sentimento opressivo de
presságio da humanidade e sobre o seu desejo de infligir punições uns
aos outros. Tudo isso provocou incrível sofrimento nos reinos do
espírito e também, dificuldades sobre a Terra.
Como uma espada de Dâmocles, as condenáveis acusações que a humanidade
faz à fé uns dos outros, à fé em Deus e em Cristo, pendem sobre sua
cabeça como acusação de sua própria consciência pecaminosa, enquanto sua
contestação da universalidade do propósito divino e da beleza dos puros
de coração continua a reforçar muralhas brutais que ela ergueu em torno
de si mesma.
Eu, que busquei tanto, e de forma tão sincera, tanto em vidas passadas
quanto na minha encarnação como Mãe de Jesus, ser uma pacificadora,
tenho muito a oferecer àqueles que despejariam óleo sobre as atribuladas
águas da consciência humana.
Ao contrário das opiniões de alguns, os primeiros discípulos e apóstolos
discutiam entre si, da mesma forma que os discípulos de Cristo o fazem
ainda hoje. Não era tarefa fácil mostrar-lhes os próprios erros e tentar
colocar em perspectiva as pequenas preocupações que tão frequentemente
expressavam, que não eram tão importantes quanto o estado do altar do
ser, o cálice do coração, ou a harmonia da humanidade com os propósitos
de Deus.
Os homens, muitas vezes coam um mosquito e engolem um camelo. E como
ainda precisam, apesar de todas as suas conquistas, mesmo nas coisas
espirituais, adquirir sabedoria e compaixão. Não é suficiente que os
homens sejam corajosos na sua busca pela verdade.
Todos precisam daquela generosa humildade que, como um imenso magnético
de amor cósmico, atrai o amor de Deus através de toda a rede e fibra da
criação, infundindo-a com o brilho resplandecente da intenção cósmica e
da verdadeira compaixão espiritual.
Por que, então, de tempos em tempos, em minhas numerosas aparições para
os fiéis, como fiz em Fátima e Garabandal, procurei com frequência
alertá-los?
Porque no livre-arbítrio da humanidade existe um elemento da graça
divina que pode ser colocado em ação; um foco do grande amor e
compreensão que pode remover a dureza de coração com a qual a humanidade
tão frequentemente reveste suas atividades.
Às vezes nos parece que o homem não compreende realmente o poder que
Deus tem. No sentido universal e macrocósmico, o poder total de Deus é
“todo poder no céu e na Terra”, concedido àqueles que alcançam a mestria
do Cristo e são co-herdeiros com Deus através da realidade do Filho
universal.
É pena que a intolerância seja uma barreira tão grande para a realidade
divina e os ensinamentos do Espírito Santo. Pois o Espírito Santo vos
guiará em toda a verdade. E a verdade, amados, não é simplesmente a
letra da Lei ao pé da letra, conforme é interpretado por vários grupos,
que bem podem diferir muito quanto à compreensão das Sagradas
Escrituras, e mesmo assim ser composta de corações que verdadeiramente
buscam a luz.
Ter amor sem a iluminação da mente do Cristo e sem o poder de manejar
bem a Palavra da verdade, muitas vezes não é suficiente para promover a
retidão universal da atividade de Deus dentro da consciência do
indivíduo, que trás a justiça divina para todos.
Que o perfeito equilíbrio da Santíssima Trindade permeie a consciência
dos verdadeiros seguidores, é essa a nossa prece. Pois verdadeiramente a
vontade de Deus que está acima, deve ser seguida igualmente em baixo,
assim na Terra como no Céu.
Mas enquanto os homens se permitirem ficar presos aos vários ganchos de
seus conceitos humanos, ou até mesmo aos ganchos dos conceitos divinos
da forma pela qual eles os compreendem, quando tais conceitos não são
devidamente manejados pelo Espírito, permanecerão em campos separados.
Na verdade, existe apenas um propósito cósmico; e este propósito, que é
a fusão total das chamas de Deus e do homem, vai um dia se revelar a
todos através da luz de um só Espírito.
Peço que considereis tais assuntos, mesmo que de uma forma elementar.
Pois se o pensamento não trouxer alivio para as lutas da humanidade, a
oração vai trazê-lo. Convoco-vos a orar comigo e com os mestres da luz e
do amor, para que o mundo cristão seja despido dos elementos de dureza
de coração e crueldade para com aqueles que considera sem fé ou hereges,
dos clamores dos ataques e contra-ataques e do seu sentimento de
conflito que se assemelha aos espasmos de um animal agonizante.
Decerto que a escuridão será derrotada, mas deverá ser sempre
derrotada pela luz, pois a treva é incapaz de derrotar a si mesma.
E quando a luz que existe no homem são trevas, isto é, quando sua luz é
desqualificada pelas trevas, seus frutos não podem expressar a vitória
de Cristo, nem para a humanidade, nem para a pequena mônada do eu.
Aguardamos maior compreensão que desce sobre o mundo como uma gigantesca
cortina de luz e envolve os corações daqueles que seguem Deus como
filhos amados.
Com toda a devoção, permaneço,
Maria
Ditado de Maria Santíssima dado à Mensageira Elizabeth Clare Prophet
Fonte: págs. 63-67, do livro “Mensagens Douradas de Maria - Vol I”
de Mark e Elizabeth Clare Prophet, Editora Nova Era, 2006
A INCORRUPTA VONTADE DE DEUS
Aos Que São Sinceros
A DIVERGÊNCIA cria perturbação. A divergência é a pedra das mudanças. A
divergência é a pedra perturbadora lançada no espelho d’água. Ondas de
pensamento e sentimento impedem o verdadeiro reflexo da Realidade. A
vida não reflete a vontade de Deus, mas sim circunstâncias conturbadas.
Cada um só pode controlar a sua própria mente e os seus próprios
sentimentos, mas deverá lembrar-se sempre de que, em um universo que
lateja com as pulsações da vontade de Deus, os vencedores são muitos, e
as suas ações vibratórias devem ser reconhecidas.
Em vez disso, muitos examinam as pessoas cinzentas e míopes cujos
conceitos ambientais amplificam a discórdia gerada nos seus próprios
mundos ou neles projetada. Defendemos a amplificação da vontade de Deus,
porque “a vontade de Deus é boa”.
Esta afirmação de aparência pueril, quando repetida muitas vezes, é o
meio que permite aquietar a mente e diminuir a crescente maré de emoções
humanas.
“A vontade de Deus é boa”
A vontade de Deus é o trovão do amor universal. É a força da mão direita
do Todo-Poderoso. É o fogo da Sua devoção e o melhor presente que Deus
oferece aos Seus filhos. Nela há segurança e a força que produz
segurança pra além das eras.
Quem reconhece a vontade de Deus como a primeira vibração do Seu amor
magnificente não se deixará agitar pelo canto dos grilos, pelo estrondo
do canhão ou por ameaças.
O medo ataca a vontade de Deus, mas o calmo conhecimento do amor
infinito destrói as condições obscurecedoras que emanam da mente dos
depravados.
Quanto tempo poderão sobreviver sem o fogo da vontade sagrada? Roubam
luz e energia porque perderam a sua. Os filhos do Sol são as suas
vítimas inocentes, mas não para sempre. Vêm agora os sábios. Estes são
os pacificadores, chamados de bem-aventurados. São os filhos de Deus que
compreendem a força da vontade sagrada.
Na Grande Eternidade, no princípio de tudo, Deus viu luz e era luz.
Dessa luz emanou a beleza do propósito amoroso, e n’Êle não havia
nenhuma treva, nem era possível que houvesse. Esta era a incorrupta
vontade de Deus – a mesma ontem, hoje e eternamente.
O conhecimento do bem e do mal, da dualidade, das facções temporais e
opostas presentes no âmbito do livre arbítrio da pessoa – tudo isto
surgiu primeiro como uma possibilidade, e depois como as sombras
indistintas das violações karmicas e da desobediência à boa vontade.
Os princípios da fraternidade vinham claramente enunciados na regra de
ouro:
“Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma forma fazei-lhes
vós também.”
Cada violação produziu, porém, o borrão correspondente a sua mancha na
página, e os Senhores do Karma disseram: “Esta rejeição da lei de Deus
não é senão uma repetição das vozes enviadas para produzir discórdia.”
Mas houve um ímpeto ainda maior, uma coação da vontade de Deus que
procurava ensinar por meio da disciplina da lei, para assim evitar a
repetição do erro.
A necessidade da vontade de Deus era clara. Mas, embora o amor perfeito
lance fora todo o temor, porque o temor atormenta, o que fazer pelos
empobrecidos que haviam perdido o seu amor perfeito dos primórdios de
Deus?
“Que pelo menos compreendam”, disseram os Grandes, “que Deus castiga
aqueles a quem ama, e que Ele continua amando com a generosidade do Seu
perdão.”
Assim nasceu a vontade perdoadora de Deus na consciência do homem. Foi
um passo para recuperar a perfeição, porquanto os homens compreenderam
que colheriam de acordo com o que semeassem, nasceu neles o desejo de
ter perfeição.
Este desejo de retornar à perfeição por intermédio da graça tornou-se o
segundo corolário da vontade de Deus. Os filhos dos homens que haviam
errado viram a necessidade de corrigir os seus caminhos errôneos e assim
voltar aos antigos limites da perfeição – à perfeição do amor perfeito.
Os filhos do Sol, que chegaram portando as pedras brancas do Templo do
Sol, evocaram a resposta mais poderosa possível do coração dos homens,
pois no coração dos homens havia também vestígios de uma lembrança dos
dias remotos em que a raça antiga vivia em comunhão com o Deus vivente.
Compreenderam que o perdão era a graça eterna e o fogo do propósito. E
também que o perdão fazia parte da vontade de Deus. Assim surgiu de
novo, como um raio de luz, o desejo de retornar ao perfeito amor.
“Observai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem
fiam...” As cadências das palavras do Mestre gotejavam com os fogos do
perfeito amor que é a Sua perfeita vontade. É necessário que
estabeleçamos na consciência, o conceito das origens, porque a maioria
dos processos mentais dos homens é moldada de acordo com as oscilações
da mente – para diante e para trás.
Este movimento pendular, geralmente provocado pela agitação das emoções
humanas, faz parte da luta do homem para encontrar a identidade que já
lhe foi conferida. Este movimento, porém, só consegue afastar os homens
da paz de Deus e do Seu amor.
Quem quiser descobrir a vontade de Deus deve compreender que esta já faz
parte do universo; que o universo, no seu sentido macrocósmico, já é a
perfeição de Deus; e que em cada estrela, em cada célula e em cada
átomo, foi impressa a imagem divina.
As palavras “Não terás outros deuses diante de Mim” mostram a
necessidade de que a Divindade neutralize a farsa que leva o homem a
aceitar os fiats da imperfeição. Estes foram proferidos por mentes
inferiores e pelos que enganam uns aos outros e a si mesmos.
A vontade de Deus, que é boa, é naturalmente boa. Esta bondade é
inerente à natureza, à mente do homem e a todos os sistemas que foram
criados por Deus no princípio e que Ele enviou para fazerem a Sua obra
perfeita.
“Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai que está nos
Céus.”
O desejo de perfeição é uma manifestação natural de um Deus perfeito que
brilha por detrás da Sua manifestação perfeita, mas tudo o que deriva da
imperfeição é contrário à natureza divina.
A vontade de Deus é uma segurança que está além da crença, além da fé, e
até mesmo além da manifestação, porque consiste nos raios solenemente
maravilhosos da ternura com que o Pai Se preocupa com a Sua criação.
Se não fossem perturbadas e se pudessem expressar os elementos da sua
identidade cósmica, as pessoas veriam-se pulando nos braços do perfeito
amor – o perfeito amor de Deus. E o clarão da sua identidade divina lhes
permitiria vencer todos os elementos do mundo das aparências que há
tanto tempo as têm afligido.
Assim, o sonho, o sonho “impossível” torna-se a realidade. E tudo o que
o homem pensou ser real, no que diz respeito à sua relação com o
universo, é visto como uma quimera – uma ilusão tremeluzente produzida
pela energia mal qualificada.
Em seu lugar, em lugar da miragem da identidade carnal, com as areias
movediças da sua manifestação, a realidade da Identidade Crística, passa
a ser percebida como sendo a vontade de Deus.
Que diferença faz que existam forças opostas?
As forças da Luz são mais dominantes, as forças da Luz são maiores, as
forças da Luz são completas e eternas. Elas permanecerão quando os
homens não forem mais que pó e os seus pensamentos de hoje, ecos vazios
nas câmaras da memória.
Que os homens compreendam não ser da vontade do Pai que eles pereçam,
mais sim, que tenham vida abundante. Quando começamos a examinar os
grandes pensamentos de Deus e a grande vontade de Deus, quando começamos
a examinar quão grande é Deus, devemos compreender que um aspecto
essencial da Sua grandeza é a vida abundante, a vida que é eterna.
Foi o medo – medo da morte e medo da ilusão – que fez com que alguns
homens não se mantivessem no estado de consciência que permitiria à
vontade de Deus manifestar-se por seu intermédio. Precisam compreender a
naturalidade do propósito cósmico: Deus é vida.
Eles estão manifestando uma vida temporal, mas possuem também, aqui e
agora, as sementes da vida eterna na própria essência da alma que Deus
lhes deu.
A Presença flamejante que os dirige do Alto, a sua Presença Divina, “EU
SOU”, representa o fogo da vontade de Deus; e a vontade de Deus inclui
no seu seio a química total do propósito cósmico. Assim, cada parte da
vida fica sob a direção do propósito central da vontade de Deus.
É uma loucura o fato de algumas pessoas se sentirem separadas da vontade
de Deus, como se não pudessem conhecê-la, porque a Sua vontade começa na
simplicidade de uma criança e na simplicidade da natureza. Ela é tão
natural e doce que em sua sofisticação os homens frequentemente perdem
os seus princípios.
O caminho para recuperá-la é o caminho que o Mestre Jesus ensinou: “Em
verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como
crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus.”
O resultado de tornar-se uma criança é o renascimento, é “nascer de
novo” na consciência do reino do Céu.
Asseguro-vos que a vontade de Deus vos ensinará a expandir o vosso ser
até que, da mais ínfima sementinha, como uma semente de mostarda, vos
torneis uma árvore de propósito cósmico que se identifica com a vontade
divina.
Quão formidáveis são os conceitos encerrados nas simples ideias da fé,
esperança e caridade!
Seguimos em frente rumo à luz em eterna expansão.
O vosso irmão mais velho, EU SOU O QUE EU SOU
El Morya
Ditado ao mensageiro Mark L. Prophet
Fonte: págs. 15-21, do livro “A Sagrada Aventura” Mark L. Prophet
Editora Summit Lighthouse - 2001.
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